segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A lenta agonia da Praia da Barra em Aveiro


Enquanto a comunicação social se entretém com assassínios de velhotas e políticos perdidos caídos em desgraça…

Enquanto o povinho se entretém em tentar salvar todos os cãezinhos e gatinhos por essas redes sociais virtuais fora…

Enquanto um povo inteiro se entretêm a contar os trocos…

A costa portuguesa, a maior riqueza desta Nação agora penhorada, continua a sofrer em silêncio; perante uma classe política que cada vez mais se assume como a maior desgraça que algum dia cruzou os séculos da gloriosa Historia de Portugal.

Basta fazer esta simples pesquisa (link) na Rede e nada. Nem uma única menção a este drama.

Também eu, em tempos, conheci a maravilhosa Praia da Barra com o magnifico areal que a foto (clicar para ampliar) documenta. Perante anos e anos de abandono é este, (como documenta a outra imagem) o actual estado calamitoso em que se encontra. O tardio inicio do Outono tem colocado a descoberto o momento débil das praias de Portugal. As tempestades da semana que passou levaram toneladas de areia, por exemplo, das praias da Caparica. Mas o fenómeno não é local. É nacional, afecta toda a nossa costa como as imagens deixam bem claro

Para esta semana espera-se, pelo menos, mais um temporal vindo de sudoeste. E as praias portuguesas lá vão ficar, uma vez mais, abandonas aos ditames da meteorologia; provavelmente..., até delas não restar grão de areia

domingo, 30 de outubro de 2011

Campo Contra Campo (CLXII)

“Midnight in Paris” – Meia-Noite em Paris, ***

Compreendo agora o porquê deste ter sido o maior sucesso de bilheteira de Woody Allen, na sua terra natal, nos últimos anos.

Ao contrário do que se foi escrevendo por ai no advento do filme, este é a mais fraca obra do decano realizador em muito tempo – não admira pois que os norte-americanos tenham gostado tanto dela.

“Dá que pensar”, “boas recordações”, “grande filme”…, escreve-se por essa Rede fora. Nada disso; cinematograficamente paupérrimo - há uma sequência em Versalhes que fica na memória, apenas – a viagem errante no tempo e no espaço que o argumento nos proporciona acaba por tornar-se entediante.

Basta isto para descrever “Meia-Noite em Paris”. Sem esquecer - atenção - que é de um Woody Allen que estamos a falar.

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Campo Contra Campo (CLXI)

Três “ideias” – muito diferentes - de cinema para o fim-de-semana (alargado) que se avizinha. Uma já…, mais tarde as demais.

As Aventuras de Tintin: O Segredo do Licorne, *

Estou à vontade. Não sou fã da banda desenhada. Foi pois, quase, despido de preconceitos e expectativas que fui ver um filme que alguma comunicação social diz ter levado 30 anos a “conseguir fazer”. Irra!

Sejamos breves e claros. Este Tintin de Steven Spielberg e Peter Jackson não presta para nada. E não vale, rigorosamente, nada porque é uma amálgama de imagens em movimento, sem ponta por onde se lhe pegue, com putativas piadas sem graça, sem personagens, um argumento básico preenchido com lugares comuns velhos de mais de cem anos de sétima arte. É Tintin como podia ser “Zé do Telhado” ou outro “herói” qualquer.

Decepcionante mesmo para quem chega à sala vazio de expectativas. Bolas…, afinal é de Spielberg, o maior vendilhão de sonhos da nossa juventude, de que estamos a falar.

É então com alegria que vemos chegar o genérico final. Porque o filme acabou e porque vamos, enfim, poder ouvir em paz a sempre gloriosa musica de John Williams.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Isto é Rock and Roll..., baby!

Estes rapazes são claramente a melhor banda do momento.

No final do ano passado prometi a mim mesmo que não perderia concerto, ou mesmo festival, onde eles fossem cartaz ou, simplesmente, nota de rodapé. Não quero acreditar que o ano vai acabar e ninguém os trouxe a Portugal.

Ou seja, embora não pareça nestas (como em muitas outras) andanças continuamos bem periféricos.

Para ouvir, em repeat e chorar por mais.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Feriados

Anda a circular por ai…, já recebi e-mails com menos graça…

O primeiro feriado a ser anulado deve ser o 25 de Dezembro, pois sem o respectivo subsídio não faz sentido comemorar tristezas!
Depois o 1 de Maio, uma vez que estamos praticamente com a maioria dos trabalhadores no desemprego!
O 25 de Abril deve ser só considerado tolerância de ponto entre as 00H00 e as 6H00 da manhã!
O 10 de Junho deve ser eliminado, uma vez que quem manda nisto é a troika!
Devemos manter-nos inflexíveis na defesa do 1 de Novembro, pois é o dia dos mortos!

sábado, 22 de outubro de 2011

O Presidente que os portugueses merecem

Muito haveria a dizer sobre Cavaco e as suas últimas cavacas e cavaquices; mas tenho mais que fazer.

Ainda assim fica esta simples nota. Exigir a outros algo que não se tem é de facto uma característica muito tuguinha

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

n músicas cxxiii

"O Mar é que manda"

Ainda na ressaca do Rip Curl Pro Portugal, PAS (link) chama-nos à atenção para este magnifico, lindíssimo, “Sinais” de Fernando Alves na TSF (link).

Lentamente, muito lentamente, parece que o português em geral começa a olhar de forma diferente para o Mar. Com um olhar que já não será de naufrágio, ainda de descoberta, talvez “lá” chegaremos um dia. Demorará nunca menos de uma geração, mas, aparentemente, estamos no bom caminho.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

É verdade…

…então e os indignados?
Já foram todos para casa? Não vinham fazer uma revolução?
Quando é a próxima Assembleia Popular? Logo agora que eu até tinha arranjado um tempinho…

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Épico

Épico…, é assim que um pouco por esse mundo fora se adjectiva o que se passou durante dois dias e meio em Supertubos, praia de Peniche, Portugal.

Raramente, corrijam-me se estou enganado, vi tal unanimidade em torno de uma competição de surf.

Durante cerca de cinquenta horas, aquele pedaço de litoral português foi sistematicamente comparado à grande catedral dos desportos de ondas. E eles, todos os que esgrimam em tal arena, foram constantemente unânimes. Supertubos em pouco ou nada difere de Pipeline-Backdoor. Até aos mais atentos e críticos custa de certa forma acreditar. Mas é a mais pura das realidades.

Bem real é também a imagem que acompanha este texto. Uma daquelas que faz jus à máxima: “uma imagem, vale mais do que mil palavras”.

Ora fiquem lá com outro lugar comum: aloha!

ACTUALIZAÇÃO: Os ecos destes dois dias e meio não param de surgir em catadupa na Rede. Julio Alder (link), o Sr. Júlio Alder, não tem papas na língua e afirma sem complexos que "esse foi o melhor campeonato de surfe de toda história"; e prova-o, com números (link). Arrepiante.

Férias das férias

Há quanto tempo não rasuro meia dúzia de linhas arcadianas?

A resposta a esta simples questão constitui um belo barómetro do prazer. De facto, nestes anos todos, raramente tenho sido tão sucinto em palavras.

E, de certa forma, isso só pode ser bom. De férias desde o inicio do mês, e até ao fim do mesmo, tenho aproveitado da melhor forma o incrível tardio verão tropical que se instalou aqui no rectângulo.

Já nos últimos dias rumei a Oeste. E tive oportunidade de assistir àquele que devia ser um manifesto momento de puro orgulho nacional. À terceira vez que Peniche recebe uma prova do Campeonato Mundial de Surf já ninguém “no Circo” duvida. Portugal tem, efectivamente as melhores ondas da Europa. O Sudoeste francês é passado e…, o outrora afamado litoral do País Basco já nem sequer é mencionado.

Tugas…, querem emoção e orgulho no vosso cantinho? Esquecei o Ronaldo, o Mourinho e demais ricos bimbos (e bimbos ricos), Para o ano façam como algumas dezenas de milhar e em Outubro dêem um salto a Peniche – mas, por favor, deixem a vossa imundice em casa e limpem o lixo que fizeram na praia, ok?.

Tanta agitação (marítima) deixou-me particularmente enjoado. Que é como quem diz, estou engripado. E todos sabemos como são os homens, ainda que vagamente, doentes. Vi pois a “placa BOX”. Tempo de pôr correio e outras obrigações em dia. Mas primeiro vou ali comprar “A Bola”. Pois “é o Benfica que aqui vai, deixó passar, deixó passar… (…)”.

Volto já.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Os sacrifícios não são para todos

Na mesma semana em que os funcionários públicos souberam que vão ter cortes adicionais nos seus vencimentos e em que os serviços públicos (escolas, hospitais, tribunais, etc.) souberam que vão ter cortes nos seus orçamentos, a aprovação do aumento do financiamento público a escolas privadas não pode ser senão uma provocação.

No meio do sacrifício popular, salvam-se as Instituições Particulares de Solidariedade Social e as escolas privadas. Não admira portanto que a Igreja Católica portuguesa esteja disponível para discutir os feriados religiosos...

Pensões e direitos adquiridos

Agora que os “direitos adquiridos” foram extintos em Portugal, talvez seja uma boa altura para reflectir nas pensões de reforma. É que o movimento geral vai no sentido de o valor das reformas ter como base a carreira contributiva completa dos trabalhadores, determinando – no futuro – que a taxa de substituição da pensão em relação ao último salário fique abaixo dos 50%.

Ora, fará sentido que neste momento haja pessoas a receber pensões de reforma elevadas e que não traduzem uma verdadeira carreira contributiva?

Fará sentido continuarmos a pagar pensões de 18 mil euros por 18 meses de trabalho?

Fará sentido continuarmos a pagar subvenções vitalícias aos ex-deputados, matéria aliás secreta?

Penso que estão criadas as condições sociais e políticas para que as pensões acima dos 1500 euros (suportadas por dinheiro público) sejam recalculadas em função do tempo efectivo de trabalho e de descontos.

O ajustamento não seria pleno, uma vez que essas pensões e subvenções não desceriam abaixo dos 1500 euros mensais, mas serviria de exemplo: aqueles que mais beneficiaram estariam também a contribuir para o bem comum.

Parece-me que tal é de elementar justiça: afinal, os sacrifícios devem ser repartidos, certo?

O IVA na restauração

Eu sei que generalizar pode ser injusto, mas a verdade é que o sector da restauração nunca ficou a perder com mexidas nos preços.

Com a introdução do euro os valores foram rapidamente arredondados para cima (por vezes muito para cima) e foram sofrendo aumentos superiores à inflação "para facilitar os trocos" (há 10 anos um café custava 50 escudos e agora é raro encontrar um sítio que cobre 50 cêntimos, 100 escudos, o dobro portanto), não esquecendo os aumentos do IVA que ocorreram, e que determinaram arredondamentos adicionais dos preços.

A acrescer a isto está a evasão fiscal: o sector da restauração é particularmente permeável a situações em que as transacções não são tituladas por qualquer documento fiscalmente relevante, sem prejuízo - claro - de se cobrar à mesma o IVA ao consumidor...

Dito isto, penso que, sendo este sector determinante para o turismo, o Governo poderia trabalhar mais para encontrar uma solução que não penalize este sector verdadeiramente "exportador".

sábado, 8 de outubro de 2011

UEFA

Fim-de-semana sem Sport Lisboa e Benfica é fim-de-semana sem sol. PQP a merdinha “das selecções”!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

1143






Há quase novecentos anos (novecentos anos, porra!) - link - nascia esta bela aventura chamada Portugal. Motivo mais do que suficiente para que hoje ninguém trabalhe e goze este clima verdadeiramente tropical.
O resto (link), são trocos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em Outubro, tem Carnaval

As férias inter-continentais encontram-se suspensas até “ordem em contrário”.

No entanto…, trinta graus à sombra. Outros vinte e um, pelo menos, dentro de água. Um areal dourado a perder de vista, praticamente deserto. Azul infinito no céu e no horizonte.

Caraíbas? Gold Coast Australiana? Nordeste Braisleiro?
Nada disso…, sem mosquitos, nem alforrecas venenosas e muito menos tubarões. Simplesmente, Costa da Caparica…, nesta altura do ano a pouco mais de quinze minutos do centro de uma das mais belas capitais europeias. Falta a aventura e os coqueiros. Sobra o tempo; sobram as boas leituras. E o perfeito “dolce fare niente”.

sábado, 1 de outubro de 2011

Fruta da época (VII)



Timbaland, Pitbull e Guetta. Trio de ataque. Fruta..., de final de época. Mau? Depende do ângulo…